Está completa a pesquisa do primeiro esboço da sequência do genoma do cavalo.
O anúncio foi feito recentemente nos Estados Unidos, por coordenadores do Projecto de Sequência do Genoma do Cavalo.
A pesquisa teve início em 2006 e é fruto do trabalho de diversos cientistas internacionais, que, para gerar uma sequência de alta qualidade, analisaram o DNA de uma amostra do sangue de um exemplar puro sangue de nome Twilight, que se encontra na Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Cornell (EUA).
Além da sequência da égua, os cientistas também examinaram o DNA de outras raças equinas como o cavalo andaluz, o hanoveriano, entre outros, e comprovaram a existência de mais de um milhão de diferenças genéticas entre elas.
O DNA do cavalo foi descodificado através do uso de uma tecnologia conhecida como "sequenciamento Sanger" e revelou um genoma que tem cerca de 2,7 bilhões de "letras" ou nucleotídeos.
De acordo com esta investigação, há diversas semelhanças entre o cavalo e o homem, que agora vão ser exploradas em próximos estudos genéticos. Segundo esta pesquisa, os cavalos sofrem de mais de 90 doenças hereditárias, tal como os humanos, estimando-se que cerca de 85% da informação genética das duas espécies seja igual.
Como o homem, o cavalo tem menos de 20 mil genes, contudo, apresenta mais cromossomas que o DNA humano, com um total de 64 (o DNA do Homem contém 46).
O genoma do cavalo é um pouco maior do que o de um cão e menor do que o da vaca.
Graças a esta descoberta científica será possível identificar patologias que afligem os equinos como problemas neurológicos e musculares.
O trabalho foi publicado na revista científica Science, podendo o esboço da sequência do genoma do cavalo ser acedido online, através do GenBank (www.ncbi.nih.gov/Genbank) ou por bases como o Map Viewer (www.ncbi.nlm.nih.gov), do Centro Nacional para Informação em Biotecnologia, ou o Ensembl Genome Browser (www.ensembl.org), do Instituto Wellcome Trust Sanger.
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Um comentário:
Adorei este artigo e acho que revela uma extrema importância no mundo actual da equitação. O sec.XXI é considerado o seculo da genética e através desta ciência e das presentes tecnologias a seleção de raças equinas poderia ser melhorada ou alguma doenças prevenidas graças á manipulação genética, é pena existir uma pequena aposta principalmente no nosso país que as hipoteses são quase nulas .Espero de futuro que a criação do cavalo lusitano possa englobar a Genética assim seria possivel um grande melhoramento da raça e produtos cada vez mais aptos á sociedade equestre de hoje em dia.
Uma continuação de um excelente trabalho para a Revista e saudações equestres,
Sofia Martins
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