A Comissão Parlamentar de Assuntos Sociais da Assembleia Legislativa dos Açores reuniu e aprovou esta tarde por maioria o projecto de decreto legislativo regional que legaliza as corridas de touros picadas.
Antes da votação foram ouvidos representantes da Tertúlia Tauromáquica Terceirense e da Associação Ecológica Amigos dos Açores, tendo o diploma sido aprovado com seis votos a favor (três do PS e três do PSD), quatro contra (do PS) e duas abstenções (uma do CDS/PP e outra do PSD).
O projecto de decreto legislativo regional vai ser agora levado a Plenário do Parlamento, prevendo-se que seja discutido e novamente sujeito a votação no decorrer da próxima semana. Para que seja aprovado em Plenário, são necessários mais três votos a favor ou três abstenções. Entretanto, os líderes regionais do PS, Carlos César, e do PSD, Berta Cabral, já fizeram saber que os seus deputados terão liberdade de voto neste assunto.
Em declarações à Agência Lusa, o presidente da Associação Ecológica Amigos dos Açores, Sérgio Caetano, definiu a decisão como "esperada" e um "retrocesso civilizacional". Opinião contrária tem Arlindo Teles, presidente da Tertúlia Tauromáquica Terceirense, que considerou a aprovação como "um passo positivo".
Recorde-se que o diploma em questão foi apresentado a 23 de Abril, subscrito por 26 deputados (PS, PSD, CDS/PP e PPM) e que o Estatuto Político-Administrativo dos Açores permite que seja o Parlamento Regional a legislar espectáculos e divertimentos públicos no arquipélago, onde se incluem as touradas.
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Um comentário:
Óbvio que sou contra, dentro do meu incipiente conhecimento.
A nossa tradição taurina deriva da "gineta", e copiar a Espanhola, é "desenso" : historicamente o cavalo Andaluz , decorrente da sua morfologia, não apresentava a facilidade, maneabilidade, para a arte do toureio.
A festa em Espanha tem outra raiz, com, inclusivamente, a prevalência das faenas a pé e morte do touro.
Daí muitos produtos Lusitanos tourerem por lá com sucesso, pois são binómios de arte, qdo o cavaleiro sabe da arte.
Por cá nunca existiu a "cena" de picadores para "aliviar" a pujança do touro, qdo enfrenta o cavalo. Nunca os Portugueses, entendo eu, acolherão essa formula.
Mas é assim mesmo, na nossa Assembleia, que nos representa, aprovou legislação que impede que aquela proposta na Assembleia Açoriana, não esteja mais réfem da intervenção do Presidente da Republica.
Assacar "culpas" e responsabilidades a quem? Aprova-se legislação por cá, sem ter em conta as sequências do que pode acontecer.. assim a HISTORIA anda.. tropega..
mas tv por cá precisassemos, à semelhança daquela cidadezinha fronteiriça., de ter toureio com morte do toiro, para deixarmos de ser tão preguiçosos.
Bye
Maria Ramalho
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